BE CRE em Imagens

quinta-feira, setembro 30

Filme do Desassossego

O realizador ousou entrar no infinito particular de Bernardo Soares. Numa fase complicada da sua vida, o Livro do Desassossego caiu-lhe em cima: "Salvou-me a vida". O livro, os fragmentos, as palavras, toda aquela "depressão serena e tormentosa", a transcendência, a melancolia, o estranhamento, a incomodidade de uma cidade que acolhe e é hostil vão andar em digressão por telas de todo o país. E de um não-livro, de uma ruína literária João Botelho ergueu um filme que não é de época mas que é fora de época. E de um livro-caos, encontrou o seu pedaço de cosmos, sem fim, nem meio, nem princípio - exactamente por esta desordem.

Este é o início de uma entrevista dada por João Botelho, realizador do Filme do Desassossego ao Jornal de Letras. Para ler aqui. Para ver o Filme, no CCB.

O Que Ler? # [2]



A segunda Guerra Mundial está em curso. Os tempos são difíceis na Polónia, especialmente para os judeus, e Alex é um deles. A mãe desapareceu e o pai foi “ seleccionado” pelo exército alemão para ir para um destino desconhecido. Só, Alex é obrigado a refugiar-se num edifício abandonado na Rua dos Pássaros. Aqui, deseja aguentar o Inverno e esperar o prometido regresso do pai.Coragem e valentia não são excepcionais em tempo de guerra, mas Alex só tem onze anos e a sua história é, na verdade, sobre o desejo de alguém vencer a crueldade e a injustiça.
Um livro que podes requisitar na BE CRE e que te dará, de certeza, o prazer de algumas horas de leitura.

quarta-feira, setembro 29

Subway Life

Já está nas bancas de todas as livrarias. Um livro feito de desenhos. Desenhos feitos a caneta preta nos caminhos subterrâneos de várias cidades do Mundo. Segundo o autor, este livro partiu de uma espécie de um desafio lançado por ele, a ele. Entrar numa carruagem de metro, sentar-se, desenhar a pessoa que estivesse sentada à sua frente. Sem pedir autorização. Apenas desenhar. Se fosse interpelado pela pessoa, claro que mostraria o desenho. Diz também o autor, que de todas as cidades, de todas as pessoas, foi em Lisboa e em Moscovo que encontrou as caras mais fechadas, mais tristes, mais "trombudas". Vale a pena folhear as páginas deste livro, comprá-lo e visitar o site.

quinta-feira, setembro 23

Não Odeies a Filosofia, Ela Dá-te Poder...

Tomei ontem contacto com o jornal FLaGrante.
Um jornal feito na ESFLG, pela Comunidade Escolar, para a Comunidade Escolar.
Foi uma descoberta absolutamente espantosa.
Já tinha ouvido falar no jornal da Escola, tinha até falado aos meus companheiros de AP da hipótese de retomarmos a sua edição/publicação, mas, sinceramente, nunca o tinha imaginado tão "jornal".
Num dos números, uma entrevista com um homem que todos recordamos com uma viola ao colo, mas que também tive o prazer de ter como meu Professor na Faculdade de Letras de Lisboa.
No final da entrevista, em jeito de súmula, quatro parágrafos da autoria da equipa responsável. Transcrevo aqui três deles, os que me pareceram ser mais significativos quanto ao interesse e à ligação da Filosofia com todos os ramos do saber. Para tentar ajudar a diminuir mitos sobre a disciplina sobre a qual se diz
"é a tal que com a tal ou sem a tal, nós ficamos tal e qual"
«A Filosofia não é só para aqueles que querem trabalhar no campo da Filosofia, esta é uma maneira pobre de olhar para ela (diz-nos José Barata Moura). A Filosofia tem por encargo o pensar, o pensar crítico, o pensar que demanda, que procura a fundamentação, e não o pensar que se restringe à imediatez do presente, mas que pretende também explorar o que é um leque de possíveis destinos que se podem materializar.
Qualquer um de nós, seja marceneiro, carpinteiro, arrumador de carros ou outra coisa qualquer não está destituído dessa capacidade de pensar, é claro que, pode não a treinar, mas se não a treinar ela "enferruja". Portanto, nós temos um conjunto de faculdades, de potencialidades que podem e devem ser treinadas e uma delas é a do pensar.
Assim, a Filosofia pode, deve e tem que ser uma disciplina eminentemente formativa, no sentido de que, pode e deve ser um espaço de descoberta, de treino de aprofundamento desta dimensão crítica do pensar
Excerto de Artigo/Entrevista
(Prof. José Barata Moura)
publicado no jornal Flagrante,
edição de Janeiro 2004

O Que Ler? # [1]

"A Trilogia de Nova Iorque", de Paul Auster, Por Alexandra Lucas Coelho
«Um dia, há pouco mais de 20 anos, Paul Auster estava em casa e o telefone tocou. Era alguém à procura da Agência de Detectives Pinkerton.
Os livros de Paul Auster estão cheios de acasos destes. Coincidências, encontros, acidentes que inclinam a vida das personagens numa determinada direcção. Como uma das suas personagens diz, "as histórias só acontecem às pessoas que são capazes de as contar", e o que Auster fez com esse telefonema foi aproveitá-lo para o início de um novo romance.
Esse romance é "A Cidade de Vidro", que viria a ser o primeiro da "Trilogia de Nova Iorque". Começa assim: um homem chamado Quinn está em casa e o telefone toca. É alguém à procura da Agência de Detectives Paul Auster.
Quinn já teve outra vida, uma mulher, um filho, poemas publicados com boas críticas. Agora vive de escrever policiais, esperando nada. Como os telefonemas prosseguem, decide entrar na pele do tal Paul Auster. É então contratado para seguir um homem que poderá vir a cometer um crime. Segue-o passo a passo, pelas ruas de Manhattan. Toma nota dos seus percursos num caderninho vermelho, chega a desenhar mapas. Um dia perde-o. Em busca de pistas, procura então o detective Paul Auster, que afinal não é detective mas sim escritor, vai a casa dele, conversam sobre Dom Quixote. Nada que adiante para o caso. Quinn acaba a vigiar a casa de quem o contratou - para tentar evitar o crime. Come e dorme, ali, num beco, agarrado ao caderno vermelho. Passa a viver em função do homem que persegue. Como um seu duplo.
"A Cidade de Vidro" foi publicado em 1985.
Entretanto Paul Auster reencontrara o esboço de uma peça de teatro que escrevera anos antes. Pensou nela como uma sequência da "Cidade de Vidro". Estamos nos anos 40. Blue é contratado para seguir Black. Anota todos os seus passos, lê o livro que ele lê, "Walden ou a Vida nos Bosques", de Henry David Thoreau. Passa a viver em função do homem que persegue, como um seu duplo. A esta história Paul Auster chamou "Fantasmas" e publicou-a em 1986.
Faltava a terceira história, a última, a única contada na primeira pessoa por um narrador sem nome. Esse narrador também persegue um homem, Fanshawe. Fanshawe fora o seu amigo de infância, o amigo mais que talentoso. Um dia a mulher de Fanshawe telefona a dizer que ele desapareceu, deixando toda uma obra por publicar. Mais uma vez, o homem que procura funde-se, afunda-se, no homem procurado. Como um seu duplo. Mas desta vez quem está a contar a história é seu protagonista. Um protagonista com muito mais do autor Paul Auster do que a personagem Paul Auster da primeira história.
"O Quarto Fechado" foi publicado em 1987. É o melhor desta trilogia - e é também o favorito de Paul Auster.»
Fonte: Jornal Público

O Que Ler?

Na BE CRE são muitos os livros que enchem prateleiras de vida e histórias.
Das Enciclopédias às Aventuras, são milhares os títulos que podem ser requisitados para leitura na BE ou para leitura em casa.
E, porque nem sempre é fácil a escolha quando nos deparamos com muita variedade de títulos, a equipa da BE CRE passará a utilizar este título de post para sugerir títulos de leitura dentro das várias áreas disponíveis.
Tentaremos, por cada post com este título, dar sugestões nas áreas das Literaturas (Portuguesa e Estrangeira), da Poesia e dos Juvenis.
Sendo que o blogue deverá ser um espelho da actividade cultural que atrai cada um dos membros da Comunidade Escolar, voltamos a lançar o repto:
  • Enviem-nos as vossas sugestões, os vossos gostos, as vossas preferências (literatura/banda desenhada/poesia/cinema/jogos/música), os vossos textos.

Queremos encher as páginas deste blogue da diversidade que enche os pátios da nossa Escola!

O Último Voo do Flamingo

Já está nos cinemas, em Portugal, o filme "O Último voo do Flamingo", realizado pelo cineasta moçambicano João Ribeiro, a partir de uma obra do escritor Mia Couto, foi rodado em Marracuene, arredores de Maputo.
A obra conta a história de uma investigação à volta de misteriosas explosões de soldados das Nações Unidas, dos quais apenas resta o capacete e o pénis. A acção passa-se numa vila imaginária chamada Tizangara, logo após a assinatura dos acordos de paz em Moçambique (1992).

Trata-se de uma co-produção que envolve também a Fado Filmes, de Portugal, e produtoras de Espanha, França e Brasil.
O filme conta com a participação da brasileira Adriana Alves, actriz da telenovela "Duas Caras". E também Carlo D''Ursi, um italiano que tenta, heroicamente, falar português durante todo o filme.
Para os actores, as rodagens tornaram-se numa autêntica experiência "Big Brother". Isolados do mundo, "sem internet, sem Facebook e sem Skype", entraram na história de corpo e alma. "Massimo Rizi é Carlo D''Ursi. Carlo D''Ursi é Massimo Rizi. Carlo D''Ursi chegou a Moçambique e não percebia nenhuma coisa do que estava acontecendo", explica o actor e produtor italiano, Carlo D''Ursi. Para Carlo, interpretar o papel do soldado recrutado assemelhou-se à sua própria experiência: falar uma língua diferente, num país que não conhecia.

O cineasta
Estudou cinema em Cuba e conheceu Gabriel Garcia Márquez como professor. Esteve envolvido na produção do filme "Diamante de Sangue" mas "era um mundo de gigantes". Numa altura conturbada em Maputo, João Ribeiro traz-nos um mundo de fantasia e esperança.
Nascido em Quelimane, Moçambique, o realizador João Ribeiro desenvolveu desde cedo projectos cinematográficos por terras africanas. "O Último Voo do Flamingo" é a primeira longa-metragem. O filme estreou--se em Cannes, no Pavilhão do Cinema do Mundo, e fez as honras de abertura do Douro Film Harvest.
João Ribeiro quer falar ao mundo sobre a sua terra e Mia Couto é o narrador eleito. Antes desta longa-metragem realizou já três curtas inspiradas na obra do escritor. O objectivo é "fazer histórias que mostrem o país nas suas diferentes vertentes, uma coisa urbana, interior, do fantástico".

Fonte: Visão News.com,17 de Setembro

sexta-feira, setembro 17

Noites com Poemas




É esta noite.
Na Biblioteca Municipal de São Domingos de Rana.
Para os que gostam de Poesia, uma sugestão para o serão.

quinta-feira, setembro 16

Dança Tradicional da Tailândia


A fusão da dança tradicional e das artes marciais tailandesas marca o espectáculo protagonizado pela Escola de Artes Dramáticas da Tailândia (College of Dramatic Arts), amanhã, dia 17, às 21h30, no Auditório Fernando Lopes-Graça/Parque Palmela, em Cascais.
Fundada em 1934, esta instituição é uma das mais prestigiadas escolas de artes performativas na Tailândia e tem tido um papel preponderante na preservação da arte da dança tradicional tailandesa, assim como na disseminação da cultura do país.
O grupo irá recriar diversas danças históricas ligadas ao passado e aos rituais religiosos de várias regiões do Sião.
Mais informações pelo tel.: 214815330
Fonte - Agenda Cultural de Cascais

Semana Europeia da Mobilidade

Sob o lema "Mobilidade mais Inteligente - Uma vida Melhor!", Cascais assinala, mais uma vez, a Semana Europeia da Mobilidade. O ponto alto da semana que decorre de 16 a 22 de Setembro é a inauguração do corredor ciclável no Paredão entre Cascais e o Estoril, dia 22 de Setembro, às 9h00, junto ao acesso da Praia da Poça, Estoril.
Aberto ao público no "Dia Europeu na Cidade Sem o Meu Carro", o corredor ciclável do Paredão vai permitir o regresso da circulação de bicicletas àquele espaço em segurança, mediante o respeito de diversas regras, tanto para utilizadores das bicicletas como para peões.
Antes disso, no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade a Câmara promoverá a implementação temporária de Zonas Sem Trânsito Automóvel na Baixa de Cascais (dias 18 e 19), a III Feira do Desporto, mostra de actividades e clubes desportivos na Baía de Cascais (dias 18 e 19), e a Corrida Destak na Marginal que vai trazer atletas de todas as idades à Avenida Marginal entre o Estoril e Cascais (dia 19 de manhã).
Ao longo da Semana Europeia da Mobilidade e numa iniciativa conjunta com a Câmara Municipal de Cascais, a APSI - Associação para a Promoção da Segurança Infantil vai promover a distribuição do folheto de sensibilização “Conselhos para pedalar em segurança”.

quarta-feira, setembro 15

Casa das Histórias, 1º Aniversário, 18 Setembro 2010

"Porque as histórias são mais importantes do que os quadros", Paula Rego

No fim de semana a Casa das Histórias Paula Rego comemora o seu primeiro aniversário. A Casa em Festa celebra um ano de exposições, eventos e actividades e promove o (re)encontro dos públicos com o que se passou.
Dois momentos definem a programação:

* O Olhar retrospectivo, através do convite lançado aos artistas que colaboraram em projectos e nas actividades que identificam já a oferta da Casa, em rubricas como "Conta-me Histórias", "Visita Encenada", "Vai uma Dança", "Olhares Sobre", "Uma Obra de Cada Vez", e da apresentação das habituais visitas orientadas em torno da obra de PAULA REGO, das temáticas-chave e da ARQUITECTURA do edifício.

* Espectáculo de DANÇA no auditório, convite para escutar AUDIO-HISTÓRIAS, e uma multiplicidade de ATELIÊS e ESPECTÁCULOS que decorrerão no jardim.

Fonte:
Suplemento do Jornal Público,
de 20 de Agosto, concebido e realizado
pela equipa da Fundação Paula Rego/Casa das Histórias

terça-feira, setembro 14

LEYA DE PORTA ABERTA COM PERTO DE CEM AUTORES

Leya Portugal
A LeYa vai abrir as portas da sua Sede, em Alfragide, para receber perto de cem autores, assim como diversos parceiros do universo livreiro e da comunicação social especializada em livros. Num evento baptizado de «LeYa de Porta Aberta», que se realiza entre as 17h30 e as 21h da próxima quarta-feira, 15 de Setembro, serão expostas e apresentadas as principais apostas das editoras da LeYa para o último quadrimestre de 2010, bem como realizadas visitas ao edifício onde se concentram as editoras do grupo e dados a conhecer os colaboradores que diariamente a elas se dedicam.

Esta será, certamente, uma excelente ocasião para conhecer os autores das letras que gostamos de ler e, quem sabe, de conseguir alguns autógrafos para personalizar os livros que nos acompanham pela vida.

segunda-feira, setembro 13

Ano Lectivo 2010/2011, O Início


"Há livros de que apenas é preciso provar,
outros que têm de se devorar,
outros, enfim, mas são poucos,
que se tornam indispensáveis,
por assim dizer,
mastigar e digerir"
Francis Bacon, In Ensaios

Abriram-se hoje os portões, de novo, para dar entrada a milhares de alunos. Em Escolas Novas, em Escolas que já conheciam, em Escolas que são as suas casas durante nove, dez meses do ano.
Aulas e Sumários, TPC's, testes e professores serão os temas de conversa dos estudantes nos próximos meses, mas queremos que a Escola seja mais do que isso. Sendo o espaço onde passam grande parte do seu tempo, a Escola pode (e quer/deve) também ser um espaço onde o lazer tenha lugar.
A Biblioteca/Centro de Recursos quer ser esse espaço e quer incentivar os jovens a apaixonarem-se pelos livros e pela leitura por prazer. Desde os periódicos até ao romance e poesia, passando pela Banda Desenhada a BE/CRE possui de tudo um pouco para que os tempos livres possam ser tempos recheados.
Neste novo Ano que hoje se inicia gostaríamos de convidar toda a Comunidade Escolar a participar activamente neste Blogue - lendo-o e comentando-o, mas também escrevendo textos que publicaremos, dando opiniões e sugestões para que o tornemos sempre mais apetecível para quem o visita!
Contamos com todos!
Cada um de Vós pode contar conosco ... e com os Livros!