Tomei ontem contacto com o jornal FLaGrante.
Um jornal feito na ESFLG, pela Comunidade Escolar, para a Comunidade Escolar.
Foi uma descoberta absolutamente espantosa.
Já tinha ouvido falar no jornal da Escola, tinha até falado aos meus companheiros de AP da hipótese de retomarmos a sua edição/publicação, mas, sinceramente, nunca o tinha imaginado tão "jornal".
Num dos números, uma entrevista com um homem que todos recordamos com uma viola ao colo, mas que também tive o prazer de ter como meu Professor na Faculdade de Letras de Lisboa.
No final da entrevista, em jeito de súmula, quatro parágrafos da autoria da equipa responsável. Transcrevo aqui três deles, os que me pareceram ser mais significativos quanto ao interesse e à ligação da Filosofia com todos os ramos do saber. Para tentar ajudar a diminuir mitos sobre a disciplina sobre a qual se diz
"é a tal que com a tal ou sem a tal, nós ficamos tal e qual"
«A Filosofia não é só para aqueles que querem trabalhar no campo da Filosofia, esta é uma maneira pobre de olhar para ela (diz-nos José Barata Moura). A Filosofia tem por encargo o pensar, o pensar crítico, o pensar que demanda, que procura a fundamentação, e não o pensar que se restringe à imediatez do presente, mas que pretende também explorar o que é um leque de possíveis destinos que se podem materializar.
Qualquer um de nós, seja marceneiro, carpinteiro, arrumador de carros ou outra coisa qualquer não está destituído dessa capacidade de pensar, é claro que, pode não a treinar, mas se não a treinar ela "enferruja". Portanto, nós temos um conjunto de faculdades, de potencialidades que podem e devem ser treinadas e uma delas é a do pensar.
Assim, a Filosofia pode, deve e tem que ser uma disciplina eminentemente formativa, no sentido de que, pode e deve ser um espaço de descoberta, de treino de aprofundamento desta dimensão crítica do pensar.»
Excerto de Artigo/Entrevista
(Prof. José Barata Moura)
publicado no jornal Flagrante,
edição de Janeiro 2004
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