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quinta-feira, setembro 23

O Último Voo do Flamingo

Já está nos cinemas, em Portugal, o filme "O Último voo do Flamingo", realizado pelo cineasta moçambicano João Ribeiro, a partir de uma obra do escritor Mia Couto, foi rodado em Marracuene, arredores de Maputo.
A obra conta a história de uma investigação à volta de misteriosas explosões de soldados das Nações Unidas, dos quais apenas resta o capacete e o pénis. A acção passa-se numa vila imaginária chamada Tizangara, logo após a assinatura dos acordos de paz em Moçambique (1992).

Trata-se de uma co-produção que envolve também a Fado Filmes, de Portugal, e produtoras de Espanha, França e Brasil.
O filme conta com a participação da brasileira Adriana Alves, actriz da telenovela "Duas Caras". E também Carlo D''Ursi, um italiano que tenta, heroicamente, falar português durante todo o filme.
Para os actores, as rodagens tornaram-se numa autêntica experiência "Big Brother". Isolados do mundo, "sem internet, sem Facebook e sem Skype", entraram na história de corpo e alma. "Massimo Rizi é Carlo D''Ursi. Carlo D''Ursi é Massimo Rizi. Carlo D''Ursi chegou a Moçambique e não percebia nenhuma coisa do que estava acontecendo", explica o actor e produtor italiano, Carlo D''Ursi. Para Carlo, interpretar o papel do soldado recrutado assemelhou-se à sua própria experiência: falar uma língua diferente, num país que não conhecia.

O cineasta
Estudou cinema em Cuba e conheceu Gabriel Garcia Márquez como professor. Esteve envolvido na produção do filme "Diamante de Sangue" mas "era um mundo de gigantes". Numa altura conturbada em Maputo, João Ribeiro traz-nos um mundo de fantasia e esperança.
Nascido em Quelimane, Moçambique, o realizador João Ribeiro desenvolveu desde cedo projectos cinematográficos por terras africanas. "O Último Voo do Flamingo" é a primeira longa-metragem. O filme estreou--se em Cannes, no Pavilhão do Cinema do Mundo, e fez as honras de abertura do Douro Film Harvest.
João Ribeiro quer falar ao mundo sobre a sua terra e Mia Couto é o narrador eleito. Antes desta longa-metragem realizou já três curtas inspiradas na obra do escritor. O objectivo é "fazer histórias que mostrem o país nas suas diferentes vertentes, uma coisa urbana, interior, do fantástico".

Fonte: Visão News.com,17 de Setembro

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