7 Junho 2010
A poesia preencheu o fim da tarde de ontem, na BE/CRE.
Estiveram connosco muitos autores e autoras, uns em presença, e os outros em lembrança, através das suas (agora de todos) poesias.
Maria João Saraiva participou nos Encontros, a nosso convite, com o seu livro "A dor que me deixaste".
Tamara, aluna do 12º ano, encantou-nos com canto lírico.
Neste encontro, estivemos, sem dúvida, a “(…) correr no azul à busca da beleza.”
Marcamos Encontros, em Setembro?
Não nos despediremos. Diremos….
Até Amanhã
Sei agora como nasceu a alegria,
como nasce o vento entre barcos de papel,
como nasce a água ou o amor
quando a juventude não é uma lágrima.
É primeiro só um rumor de espuma
à roda do corpo que desperta,
sílaba espessa, beijo acumulado,
amanhecer de pássaros no sangue.
É subitamente um grito,
um grito apertado nos dentes,
galope de cavalos num horizonte
onde o mar é diurno e sem palavras.
Falei de tudo quanto amei.
De coisas que te dou
para que tu as ames comigo:
a juventude, o vento e as areias.
Eugénio de Andrade, in "Até Amanhã"
Até Amanhã
Sei agora como nasceu a alegria,
como nasce o vento entre barcos de papel,
como nasce a água ou o amor
quando a juventude não é uma lágrima.
É primeiro só um rumor de espuma
à roda do corpo que desperta,
sílaba espessa, beijo acumulado,
amanhecer de pássaros no sangue.
É subitamente um grito,
um grito apertado nos dentes,
galope de cavalos num horizonte
onde o mar é diurno e sem palavras.
Falei de tudo quanto amei.
De coisas que te dou
para que tu as ames comigo:
a juventude, o vento e as areias.
Eugénio de Andrade, in "Até Amanhã"
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